COE em investimento, o que é? Como funciona?
O COE é semelhante à nota estruturada adotada no mercado internacional, que é uma segurança híbrida que inclui vários produtos financeiros, normalmente uma ação ou título mais um derivado, e permite oferecer investimentos diferentes ao cliente que busca uma mistura entre fixos renda e renda variável em um único instrumento.
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Para ser utilizado como investimento, pelo menos os seguintes critérios devem ser observados:
1. Índices de preços, índices de títulos, índices de valores mobiliários, taxas de juros e taxas de câmbio usadas como benchmarks devem ser calculadas regularmente em série e sujeitas à divulgação pública
2. Valores mobiliários e outros ativos subjacentes usados como referências devem apresentar citações regularmente divulgadas por bolsas de valores, mercadorias e trocas de futuros, mercados organizados de balcão por Bacen ou pela CVM.
É possível usar ativos subjacentes calculados usando uma metodologia que combina os benchmarks mencionados nos itens 1 e 2, desde que seja consistente e verificável, mas o uso dessa metodologia é de responsabilidade exclusiva da instituição emissora. Os valores e citações dos ativos subjacentes devem ser independentes dos parâmetros relacionados a operações específicas realizadas pela instituição emissora.
O COE pode ser referenciado nos ativos subjacentes divulgados ou negociados no exterior, com a devida observância dos mesmos requisitos para os ativos no Brasil, inclusive em relação a trocas e mercados, que devem ser regulamentados pelas autoridades estrangeiras competentes.
A emissão de COE mencionados em operações de crédito, instrumentos de crédito e instrumentos de crédito de securitização e derivativos é expressamente proibido. Essa proibição não se aplica aos seguintes ativos, desde que sejam objetos de oferta pública e negociados ativamente e frequentemente: debêntures; títulos de dívida privada emitidos no mercado internacional; e títulos de dívida pública doméstica ou internacional emitidos pelo tesouro brasileiro (Tesouro Nacional).
Como funciona o COE investimento: modos de COE
Existem dois modos de COE, classificados de acordo com sua estrutura de lucratividade:
1. Investimento com Valor Nominal Protegido – investimento cujo valor total de pagamentos mínimos devido ao investidor é igual ou maior que o investimento inicial. Ideal para investidores de perfil moderado.
2. Investimento com Valor Nominal em Risco – investimento cujo valor total de pagamentos mínimos devido ao investidor é igual ou maior que uma parte definida anteriormente do investimento inicial. Ideal para investidores de perfil moderado para agressivo.
Nos dois casos, o valor nominal do certificado na data emitido deve ser igual ao investimento inicial.
Como investir em COE?
COEs são emitidos por bancos, podendo ser ofertados publicamente. Há um valor mínimo de investimento em um COE, que deve ser analisado para ver se encaixa em sua carteira de investimentos.
COEs pagam alíquotas de IR que variam de 22,5% a 15%, de acordo com o prazo da aplicação, podendo haver valores de custódia e corretagem, dependendo da corretora de valores responsável.
Depois de encontrar um COE em sua corretora de valores, você precisará assinar alguns documentos para comprovar que está ciente do risco. Depois, basta transferir o dinheiro e realizar a compra, desde que se encaixe no seu perfil de investidor.
COE vale a pena? Quais os riscos?
Segundo Bacen, o COE é um instrumento de arrecadar fundos para os bancos porque a instituição emissora recebe dinheiro dos investidores e faz pedidos que resultarão em um retorno por um determinado período de tempo. É importante observar que o investidor que adquire um COE corre o risco da instituição emissora.
A criação do COE é inserida em um contexto de maturidade e sofisticação do mercado de capitais brasileiros. Dotado de grande versatilidade, este certificado cria a possibilidade de instituições financeiras e investidores para acessar uma variedade muito maior de investimentos na busca de estratégias apropriadas ao seu perfil de negócios e permite a diversificação de suas estratégias de negócios.
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Sobre o autor
Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.
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