Como investir em cooperativas ao invés de bancos?

Em Bancos e instituições financeiras por André M. Coelho

As cooperativas de crédito são parte integrante do sistema financeiro brasileiro. Assim como os bancos, podem dar empréstimos, oferecer contas aos seus clientes e o mais importante: a oportunidade de diversos investimentos com ótimos retornos.

O problema é que as cooperativas de crédito tem um funcionamento um pouco diferente de um banco. Para diversificar seus investimentos em uma cooperativa de crédito, é necessário conhecer este funcionamento e os tipos de investimento disponíveis nas cooperativas de crédito.

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Empréstimos, aplicações, depósitos e outros tipos de investimentos são revertidos aos associados e reaplicados na comunidade representada pela cooperativa. Por exemplo, ao se associar a uma cooperativa de crédito de produtores de leite, seu dinheiro será investido para melhorar na produção da produção na sua região e para créditos, empréstimos e acesso a outros serviços bancários mais baratos para outros associados produtores de leite. Existem cooperativas dos mais diversos ramos: consumo, crédito, agropecuária, saúde, trabalho, educação e muitos mais. Cada um destes, assim como a cooperativa de crédito para produtores de leite citada acima, buscará benefícios agregados à comunidade à preços justos.

A união faz a força

Uma cooperativa dá aos seus associados ganhos ganhos de escala e de complementaridade, melhorando seu poder de negociação e sua viabilidade econômica. Assim, podem também conseguir remunerações melhores para seus investimentos e empréstimos a taxas mais atraentes.

Foco em mercados pelas cooperativas

Uma cooperativa de crédito investe nos seus associados. Por exemplo, cooperativas de crédito rural investirão na produção agrária. (Foto: www.coopideal.org)

Tipos de Cooperativas de Crédito

Para se associar a uma Cooperativa de Crédito, os tipos de cooperativas existentes podem te direcionar àquela que melhor se enquadra no seu perfil profissional/regional:

Há também as cooperativas mistas e uma mesma cooperativa pode atender à um grupo específico e à uma região específica, ao mesmo tempo.

Associar ou não associar a uma Cooperativa de Crédito para investir?

Como mostramos acima, você precisa atender à um critério profissional e/ou regional para associar-se a uma Cooperativa de Crédito. Se você atende aos pré-requisitos, através da associação você será capaz de investir diretamente na Cooperativa de Crédito através dos produtos e serviços da mesma, diretamente. Neste caso, alguns exemplos de investimentos são:

Sendo associado, você pode ter benefícios exclusivos, como a isenção de algumas taxas para investimentos ou acesso à investimentos exclusivos, como citados acima.

Ao não se associar a uma cooperativa, provavelmente por não atender os requisitos necessários, é ainda possível realizar investimentos na mesma, como Poupança, Renda Fixa e Fundos não exclusivos. Porém, taxas podem ser cobradas a mais e você pode não ter acesso aos Fundos Exclusivos e Previdência, por exemplo.

Investir diretamente em uma Cooperativa de Crédito vale a pena?

Mesmo não querendo aplicar seus recursos em uma cooperativa de crédito, você pode investir através da compra de ações ou fundos de uma corretora que investem de forma indireta em Cooperativas de Crédito. Tanto no caso de investir diretamente quanto indiretamente, é um investimento que vale a pena.

Principalmente quando você tem conhecimento da região ou mercado atendido pela cooperativa, melhor investido será seu dinheiro. Por exemplo, se a produção agrária de uma dada região tem previsão de crescimento e há uma cooperativa de crédito rural na área, é plausível dizer que a cooperativa fará mais investimentos e consequentemente, dará melhor remuneração/condições aos seus associados.

As cooperativas de crédito, geralmente, remuneram melhor investimentos de Renda Fixa, já que não podem obter lucro. Elas distribuem as riquezas de melhor forma que instituições bancárias, na grande maioria das vezes. O que pode acontecer é você ter um risco um pouco maior, dado que as cooperativas ao atenderem um grupo específico de pessoas/região também está sujeita às alterações financeiras desse grupo/região. Aí entra o FGCoop.

O Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop)

Assim como o Fungo Garantidor de Crédito, as cooperativas também se comprometem a, mesmo em caso de dissolução, garantir a devolução de investimentos de até R$250 mil. Assim, dentro da gestão de risco de uma carteira de investimentos, o retorno maior das Cooperativas em investimentos até R$250 mil se equiparam a investimentos em instituições bancárias maiores, cabendo ao investidor apenas comparar a remuneração dos investimentos para efetivar a alocação de recursos.

Considerações Finais

As Cooperativas dão aos seus associados um poder de decisão maior e melhores condições. Como consequência, tendem também a tentar oferecer a melhor relação entre custo/benefício. Se você já é parte de uma cooperativa, já investe em uma ou quer investir, compartilhe nos comentários as informações que já tem. Não só você ajuda este artigo a ficar ainda mais rico, como poderá ajudar muitos outros a enriquecerem seus conhecimentos para investir melhor.

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.

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