Conta conjunta – Vale a pena fazer?
Abrir uma conta conjunta. Nós já falamos sobre isto em nosso site. Porém, nosso foco tinha sido apenas no casal. E quando temos filhos envolvidos? Quando eles também tem acesso à conta e podem lidar com o dinheiro ou com cartões de crédito?
Como todo produto financeiro, há vantagens e desvantagens envolvidas no ato de fazer uma conta conjunta. É um momento de comprometimento, onde todos os envolvidos devem saber sobre seus deveres e responsabilidades com aquela conta, seja com o dinheiro que entra nela ou com o dinheiro que sai daquela conta.
Vamos então aos problemas que podem ocorrer
Problema N º 1: Direitos de Saque
Cada pessoa em uma conta bancária conjunta é legalmente considerado um proprietário quando se trata de retirar o dinheiro da conta. Portanto, o risco de uma criança retirar dinheiro, pedir um empréstimo ou acidentalmente perder o cartão ou talão de cheques da conta bancária do seu pai abre a porta para a possibilidade de perder a poupança através de roubo, fraude ou acesso à conta bancária.
Como também não há como ter o saque identificado, ficará difícil de saber quem na família efetuou o saque não autorizado, o que dará dores de cabeça a todos e pode resultar em um débito que leva a uma dívida ainda maior.
Problema N º 2: Questões de Credores
Quando uma criança/adolescente é adicionada em uma conta bancária conjunta, torna-se uma mais-valia para ambas as partes. Portanto, se surgir uma situação em que a criança/adolescente tem um credor ganhando um julgamento contra ele ou ela, o credor pode pegar toda a conta bancária, independentemente do envolvimento do pai na reivindicação do credor, possivelmente resultando na perda dos fundos da conta.
Vale lembrar que os empréstimos que são pegos online não diferenciam idade. Então seu filho jovem pode pegar um empréstimo sem sequer saber as consequências e/ou juros daquilo, se ele souber um pouco sobre como funciona o internet banking.
Problema N º 3: Divórcio e/ou questões jurídicas
Como mencionado acima, quaisquer ativos em uma conta bancária conjunta são considerados como propriedade da mãe e da criança. E se o cônjuge do filho pedir o divórcio? O cônjuge poderia ter direito a uma parte dos fundos da conta bancária conjunta. Ou se seu filho ultrapassa um sinal vermelho e atinge outro carro ou pessoa, resultando em danos materiais/físicos a alguém? Qualquer liquidação de sinistros, processos e julgamentos que envolvem dinheiro vão incluir esta conta como parte dos ativos dos seus filhos, além de envolver seu nome quando sua esposa/marido também estiver envolvido em algum problema.
Problema n º 4: Ignorando o Testamento
Contas conjuntas ou qualquer ativo registrado em conjunto podem ignorar o testamento de uma pessoa falecida. Portanto, neste caso, o testamento não afeta o dinheiro em contas bancárias conjuntas. Isto pode não ser um problema se a criança é o único beneficiário do espólio dos pais. Se não, ele pode criar uma grande rivalidade entre os outros beneficiários, fazendo do processo de divisão não muito fácil após o fato. Além disso, essa mudança de titularidade da conta bancária pode ter efeitos drásticos e irreversíveis em tudo, desde heranças a impostos ou outras despesas da propriedade, uma vez que esta conta iriaignorar as disposições do testamento.
Problema N º 5: Impostos
A maioria dos clientes não estão cientes da questão fiscal presente, como as leis são bastante complexas,englobando herança, isenções fiscais de cada pessoa, etc. Adicionar um filho pode ou não estar sujeito a impostos mais altos/baixos. Além disso, dependendo da quantidade de dinheiro na conta e quantos filhos são adicionados como proprietários, tudo desempenha na questão fiscal presente. Embora os detalhes específicos estejam fora do escopo deste artigo, eles são acessíveis no site da Receita Federal ou diretamente com seu contador. No entanto, ainda é importante notar que um possível problema fiscal presente pode ser grande para alguns pais.
Considerações Finais
Existem muitos outros assuntos de interesse nesta área, tais como o seu efeito sobre cuidados de longa duração ou questões relacionadas com o planos de saúde e poupanças para a aposentadoria dos pais. Eu acredito que a maioria dos conselheiros financeiros concordam que colocar o nome de uma criança em uma conta bancária ou qualquer ativo provavelmente não é uma boa ideia. Mas a conta conjunta pode ter suas facilidades na gestão financeira, desde que toda a família esteja bem envolvida com a gestão conjunta das finanças e recursos familiares.
Sugestões? Críticas? Elogios? O espaço de comentários abaixo está aberto a vocês!
Sobre o autor
Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.
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