Existe um valor mínimo para investir na Bolsa? Por que?

A resposta curta é “não”. Você pode comprar uma única ação de qualquer empresa de capital aberto, se você quiser. Assim, se você tem uma pequena quantidade de dinheiro para investir, você pode, de fato, comprar um pequeno número de ações de uma empresa. A maioria das corretoras irá processar uma compra de algumas ações ordinárias, uma vez que receberem uma comissão por seus serviços.

Porém, não é tão simples assim…

No entanto, só porque você pode investir suas economias desta forma, não significa que tal investimento será uma boa ideia. Você tem dois grandes obstáculos que devem ser mitigados antes de ir em frente e comprar um pequeno número de ações ordinárias: custos de diversificação e de transação.

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Custos de diversificação nos investimentos na Bolsa

É preciso considerar fortemente os custos de sub-diversificação se você estiver buscando começar a sua carteira de investimentos com uma única ação. Se você não tem outros investimentos, investir em apenas uma empresa expõe a uma quantidade excessiva de risco específico da empresa. Ou seja, se a sua empresa escolhida estiver prestes a passar por um escândalo ou falência, você pode perder praticamente tudo.

Assim, se você tem uma pequena quantidade de dinheiro para investir, um portfólio muito mais eficiente pode ser construído através da compra em um fundo mútuo. Um fundo mútuo é, essencialmente, uma grande cesta de investimentos agrupados, e vai proporcionar oportunidades de crescimento com um razoavelmente baixa quantidade de risco.

Custos de transação nos investimentos na Bolsa

Mesmo se você tem estômago para os riscos da sub-diversificação, seu próximo obstáculo são os custos de transação. Suponha que sua taxa de corretagem lhe custem R$30 em comissões para cada ação. Se você pretende comprar e vender ações para lucrar, você vai ter R$60 de custos de transação. Se você só tinha R$200 a investir, o investimento teria de ganhar 30% simplesmente para quebrar pagar seus custos (R$60 de lucro), tornando-o um investimento extremamente ineficiente.

Por outro lado, se você investiu os mesmos R$200 em um fundo mútuo aberto, você provavelmente só será cobrado uma taxa de administração pequena de, por exemplo, 3% sobre o lucro obtido. Isto vai deixá-lo com 27% dos 30% que você teria que gastar em uma única compra de ações.

Ter um mínimo para investir na Bolsa é ótimo, mas apenas depois de diversificar seus investimentos e garantir a segurança ao seu dinheiro. (Foto: www.moneynewsnow.com)

Então, quando e como começar meu investimento na bolsa de valores?

Quando combinados, os custos de transação e o risco de diversificação geralmente revelam-se demasiado caros para aqueles que têm apenas uma pequena quantidade de dinheiro para investir. Antes de pensar neles, entretanto, você deve diversificar seus investimentos em uma carteira que envolva renda fixa, renda variável e até a caderneta de poupança, com um fundo de emergência.

Sabendo disso, você deve entender os custos envolvidos na corretagem de ações na Bolsa de Valores.

Comissões

Antes de abrir uma conta de investimento, você também deve considerar os custos que você vai incorrer de aquisição de investimentos uma vez que a conta está aberta. Na maioria dos casos, cada vez que você compra um investimento, vai custar-lhe algum dinheiro através de comissões ou taxas por movimento ordenado. As comissões são cobradas em porcentagem sobre o lucro obtido pelo seu investimento.

Taxas de fundos mútuos/Taxa de corretagem

Existem muitas taxas que um investidor paga quando investe em fundos mútuos. Uma das taxas mais importantes é a taxa de gerencialmente anual, cobrada pela equipe de gerenciamento anualmente, com base na quantidade de ativos do fundo. Quanto maior o valor, pior é para os investidores do fundo. Para o investidor iniciante, as taxas de fundos mútuos são, na verdade, uma vantagem em relação às comissões sobre as ações. A razão para isso é que as taxas são as mesmas, independentemente da quantidade que você investir, tornando esses tipos de taxas mais atrativos aos investidores. A corretagem é cobrada no mesmo momento em que você faz a ordem de compra/venda de suas ações.

Imposto de renda

Sobre o lucro líquido do seu investimento, você terá o Imposto de Renda incidindo. Para alguns tipos de investimentos, o tempo que o investimento fica parado faz com que você pague menos impostos sobre o lucro obtido. Analisar o tempo de investimento e as taxas de acordo com o tipo de investimento pode te dar uma boa visão do que o futuro financeiro lhe reserva.

Inflação

Finalmente, sobre a porcentagem final de lucro planejado sobre seu investimento você deve subtrair a inflação. Basicamente, a inflação significa que a cada dia seu dinheiro vale menos do que valia ontem. Um exemplo prático: se em 12 meses a inflação foi de 6,5%, um investimento no mesmo período tem que render mais do que a inflação para ser realmente lucrativo.

http://youtu.be/xM4Ik2Fig5o

A conta total

Lucro previsto – (Comissões + Taxas de fundos mútuos/Taxas de corretagem) – (Imposto de Renda + Inflação). Um exemplo simples de conta:

A rentabilidade prevista no seu investimento é de 20%. Ou seja, se você investir R$100, terá R$120 no fim do período definido como lucro bruto. Para obter o lucro líquido, vamos subtrair os seguintes valores:

Comissão: 3%

Taxa de fundos mútuos: 1,5%

Imposto de Renda: 15% (valor mínimo)

Inflação: 6,5%

TOTAL: 26%

Para o cálculo do Imposto de Renda, primeiro subtraímos a comissão e a taxa do fundo mútuo (4,5%, correspondendo a R$0,90), o que nos deixa ainda um lucro bruto de R$19,10. Deste valor, subtraímos o imposto de renda e a inflação (21,5%, um total de R$4,11) para obtermos o resultado final de R$14,99. Este corresponde ao lucro líquido, que corresponde a um lucro real de 14,99% sobre meu capital inicial, já descontada a inflação do período. Isso significa que é um investimento muito bom.

Se você tem um investimento e tem dúvidas sobre como calcular os custos e lucros reais a serem obtidos, compartilhe nos comentários e faremos o possível para ajudá-los!

Sobre o autor

Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.

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