O que é moeda fiduciária? Para quê serve?

Em Educação financeira por André M. Coelho

O termo “moeda” fiduciária vem aparecendo mais comumente no mercado financeiro, principalmente com o advento das criptomoedas. Porém, esse termo já é conhecido no mercado financeiro, e entender como ele funciona é um passo importante para garantir um melhor conhecimento do mercado financeiro.

O que é moeda lastreada?

Para se entender o que é moeda fiduciária, é preciso entender o que é uma moeda lastreada. Esta é uma moeda, ou seja, um valor de troca, com um valor baseado em algum bem de valor intrínseco, geralmente na forma de commodities (ouro, prata, etc).

Moeda fiduciária

Muitas moedas fiduciárias podem ter valor, e o conhecimento desse termo pode te ajudar a entender melhor o mercado financeiro. (Foto: The Cointelegraph O futuro do dinheiro)

Moeda fiduciária de curso forçado

Existe uma confusão entre esses termos. O termo correto é moeda de curso forçado. Esta é uma moeda que passa a ser aceita na economia a partir da força de uma lei, ou seja, a partir de um decreto do governo. Por exemplo, nossa moeda, o Real, é uma moeda de curso forçado, pois seu valor é obrigado a ser aceito em todo o território brasileiro por decreto governamental.

Exemplos de moeda lastreada, moeda fiduciária, e moeda de curso forçado

Quase todas as moedas fortes ao redor do mundo já tiveram ou ainda tem seu valor lastreado em algum bem, como o ouro. Esse é um dos exemplos mais populares para as moedas lastreadas. Outro exemplo é quando um bem é dado como garantia de um pagamento. Suponha que você está devendo um familiar. Como garantia de que vai pagá-lo, você coloca em um contrato ou papel seu carro ou outro bem como garantia do valor devido. Se você não pagar o valor devido, o seu familiar pode pegar o carro ao invés do pagamento. É um tipo de moeda lastreada.

Para moedas lastreadas de curso forçado, o Real e muitas outras moedas ao redor do mundo podem ser inclusas nessa classificação.

https://youtu.be/C2ZjNxznAZ0

Já a moeda fiduciária é um pouco diferente. Ela é baseada apenas na confiança entre as duas partes. Por exemplo, um vendedor de uma loja pode te dar um papel escrito “vale R$1,00” de troco se não tiver o valor para dar como pagamento. Nesse caso, se você voltar a loja, ele deverá aceitar esse papel não por ele ter um valor intrínseco, mas pela confiança entre as partes. Se caso o valor não for aceito como forma de pagamento, a parte prejudicada pode tentar garantir seus direitos na justiça.

E as criptomoedas? Em que tipo elas se encaixam?

As criptomoedas (como o Bitcoin) se assemelham, em muitos aspectos, a uma moeda fiduciária. Porém, ao contrário destas, não tem um valor garantido pelas autoridades centrais, como a justiça. Seu valor é baseado apenas na matemática e na lei de oferta e demanda, além de sua adoção por indivíduos e empresas como forma de pagamento.

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Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.

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