Venda de carta de crédito contemplada, como funciona?
Vários bancos e instituições financeiras vendem planos de consórcio para clientes. Entender o consórcio é bom para quem pretende vender ou comprar um consórcio contemplado, avaliando os prós e contras deste tipo de negócio.
É bom lembrar que diferentes consórcios podem ter valores diferentes para honorários, quantidade diferente de prestações mensais, práticas diferentes em relação à dívida, etc;
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Tipos de consórcios
Informal: gerenciado por um grupo de amigos e baseado na confiança mútua. Estes são, como você pode esperar, muito inseguros e não são recomendados. Nestes, você geralmente é pago em dinheiro, ou é um consórcio para cada membro do grupo comprar itens e bens.
Independente: gerenciado por empresas dedicadas, especializadas na execução de planos de consórcio. Tais empresas são identificadas pelas palavras “Consórcio Nacional” prefixadas em seus nomes. Algumas dessas empresas agora são afiliadas (ou pertencem a) bancos comerciais. Nestas, você geralmente é pago em um documento chamado “carta de crédito”, que você usará para comprar o bem que deseja.
Oficial: administrado pelos fabricantes dos bens de referência, geralmente através de uma empresa financeira ou não financeira subsidiária. Nestas, você geralmente é pago com o bem em si. Estes foram os primeiros consórcios criados.
Terminologia de consórcios
“Consorciado” é a pessoa que compra um plano.
“Administradora” é a empresa que administra o consorcio.
“Grupo” é um número de pessoas que estão comprando um mesmo bem.
“Cota” é sua participação em um grupo.
“Bem de referência” é o que você está comprando (um carro, um eletrodoméstico caro, uma casa, uma moto, um caminhão etc.)
“Prestação” é o valor mensal que você paga pelo bem.
“Taxa de Administração” é a quantia que você paga à empresa consorciada por seus serviços.
“Saldo devedor” é o quanto você deve à empresa administradora. Inclui o valor do bem de referência e da taxa de serviço.
“Contemplação” é o momento em que você pode receber o bem. Existem dois tipos de aquisição: por sorteio (pelo menos um por mês para cada grupo) e por licitação.
“Correção monetária” é a taxa de inflação usada para atualizar o valor das parcelas e o valor da taxa de serviço. Para planos com um bem de referência claro (como a aquisição de carros, por exemplo), geralmente é o valor de mercado do bem. Para planos sem uma referência tão clara (como planos de aquisição de residências), geralmente é a taxa oficial de inflação calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“Carta de crédito” é o documento que você recebe para comprar o bem.
Parcelas e contemplação do consórcio
Você paga parcelas mensais por um determinado período de tempo (36 a 84 meses, dependendo do plano escolhido). Todo mês você espera ser sorteado e receber o bem que deseja. Depois de receber o bem, você continua pagando as parcelas pelo período restante. Você não deve desistir. Se o fizer, antes de comprar o bem, o valor que você pagou será devolvido somente após a data de vencimento da última parcela. Se você desistir após a compra, deverá vender o bem e pagar as parcelas restantes com parte do dinheiro recebido com a venda. Ou pode vender a carta de crédito de modo particular ou através de intermediadores de pagamento.
Se você não quiser esperar até ter sorte, poderá oferecer um lance de até 75% do valor do bem de referência. Se seu lance estiver entre os melhores (quantos são aceitos depende do plano), você poderá comprar o bem. Você deve pagar o valor que licitou em cinco dias úteis. Se o fizer, esse valor será deduzido da dívida restante, para que você possa reduzir o número de parcelas mensais ou cortar seu valor.
Venda de carta de crédito contemplada: o que é e como fazer?
Após ter a carta de crédito contemplada, caso não deseje obter o bem, você pode vender sua carta de crédito. A pessoa que comprar a carta contemplada passará, então, a ficar responsável por pagas a parcelas restantes ou, simplesmente, poderá comprar o bem pelo valor da carta de crédito.
Para vender uma carta contemplada, a pessoa para quem está sendo vendida a carta precisa ter feita uma análise de crédito pela empresa que administra o consórcio. Aprovada, a carta de crédito poderá ser então transferida. O banco ou instituição financeira fornecerá formulários e instruções sobre como a transferência deve ser realizada.
Faça um contrato com os valores e só assine os documentos após receber o dinheiro por sua carta de crédito. Assim, você evita o risco de fraude.
Pode valer a pena a venda quando você está precisando de dinheiro ou se sua situação financeira mudou a ponto de prejudicar suas finanças o pagamento do consórcio.
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Sobre o autor
Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.
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